"Hay hombres que luchan un dia y son buenos
Hay otros que luchan um año y son mejores
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida
Esos son los imprescindibles"
(Bertolt Brecht)

domingo, 1 de novembro de 2009

governo do rio Grande do Sul: COVARDIA PARA FAZER PIOR









Nota de repúdio a mais uma ação da governadora Yeda contra os lutadores populares do RS

Nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, no final da tarde, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu panfletos, cartazes, chapas de impressão e dois computadores na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG), e encaminhou os militantes presentes para a 17ª DP. Os advogados da FAG garantiram a liberação dos companheiros.

Em mais de uma frente de ação, tanto na capital quanto no interior, temos a felicidade de contar com estes companheiros para a luta anticapitalista unitária. De forma construtiva e respeitosa, temos tido a oportunidade de superar preconceitos infundados que separavam certos comunistas de certos anarquistas, construindo a unidade dos lutadores com perspectiva e prática classista e revolucionária.

Yeda Crusius decidiu mover uma ação por “injúria, calúnia e difamação”, em função de cartazes da FAG onde a governadora é responsabilizada pelo assassinato do sem-terra Elton Brum da Silva. A governadora, que recentemente se livrou de ser investigada por corrupção na Assembleia Legislativa (casa tão desmoralizada quanto o Executivo), decidiu agora ir à forra e retomar a sua campanha de criminalização das lutas e dos movimentos populares. Não bastassem os assassinatos de lideranças populares, cometidos pela Brigada Militar em sua gestão – do qual o caso do companheiro Elton é apenas o mais recente - , temos percebido uma mobilização crescente do aparelho repressor do Estado contra a nossa militância.

Em março deste ano, militantes do PCB, que realizavam atividade de solidariedade ao MST no interior do estado, foram abordados por policiais militares que os forçaram a entregar dados pessoais para um “cadastro de militantes e simpatizantes do MST no RS”. Como a Brigada Militar atua como força auxiliar do latifúndio e suas milícias, temos razões para nos mantermos alertas.

Ainda mais recentemente, agora neste mês de outubro, o nosso camarada Pedro Munhoz, cantor e compositor, sofreu duas sérias tentativas de intimidação. A primeira quando cantava em Alvorada com o grupo Teatro Mágico, e outra após a sua participação no ato-show Fora Yeda. Nas duas oportunidades Pedro declamou no palco o seu belo poema “Quando matam um sem-terra”, que deve incomodar bastante a governadora porque toca com propriedade em algumas feridas: debaixo de um capacete / Dá a ordem o Gabinete, / (…) quando matam um Sem Terra / outras batalhas se espera, / dois projetos em disputa. / Não se desiste da luta, / quando matam um Sem Terra.

Pedro não deixará de cantar e declamar sua poesia, como nós não deixaremos de lutar lado a lado com o MST, a FAG, e com todos aqueles que se colocam na luta revolucionária contra o capitalismo.

Conclamamos todos os lutadores da classe trabalhadora a dobrarem a vigilância e a multiplicarem a solidariedade.

29 de outubro de 2009,

Comissão Política Regional do PCB no RS

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Polícia Militar de Santa Catarina: um exemplo à Brigada Militar do Rio Grande do Sul

PRAÇAS DE SANTA CATARINA ENFRENTAM VIOLÊNCIA DO ESTADO

Raoul José Pinto

A Polícia Militar de Santa Catarina é vanguarda em promover na prática um luta fundamental e de profundidade histórica às Policias Militares nos Estados do Brasil.


Estabeleceram políticas de organização da categoria e propostas como a desmilitarização dessas Polícias. Isso significa que essa categoria não se presta e não quer mais submeter-se a cumprir os ditames e aos caprichos das oligarquias do Estado, em reprimir os movimentos sociais.


Essa proposta não fica somente no discurso ou na teoria de seu jornal; se estão sendo perseguidos pelo Governador Luiz Henrique é porque contrariaram a lógica da política de privilégios na segurança no Estado, que é: a de defender latifundiários e empresários. Essa Polícia quer praticar a verdadeira obra de sua vocação: a segurança pública. Realizar o policiamento ostensivo para de fato proteger a população dos conflitos de relações e dos desvios de conduta dos cidadãos, dadas as condições vividas pela sociedade brasileira que se explicita na hora da sobrevivência. A ética e a moral não voz permite como trabalhadores da segurança e filhos dessa mesma classe bater e matar lutadores sociais organizados, que sofrem as crueldades do capitalismo e não se submetem a exclusão; não a aceitam, preferindo lutar contra esse sistema a se marginalizarem.


O capitalismo na ambição de lucro dos empresários geram a violência urbana, a desagregação familiar e problemas psicológicos advindo da competição, da pressão da ingrata luta pela vida. Enquanto os ricos se dão ao luxo de usar as Polícias Militares para proteger seus interesses, privilégios e segregação social.


A Polícia Militar de Santa Catarina, não se propõe a criminalizar os movimentos sociais nas suas justas ações contra o poder da burguesia brasileira. Essas são as verdadeiras razões dos expurgos e punições radicalizadas pelo governador através da cúpula da Polícia Militar de Santa Catarina.


Viva a APRASC! Viva os Trabalhadores da Segurança Pública de Santa Catarina! Contra a Criminalização do Movimentos Sociais!


http://www.aprasc.org.br/index.php

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SEJAMOS TODOS PEDRO MUNHOZ !


Em uma das inúmeras conversas que tive o prazer de ter com o “vôo livre” Deogar Soares, bem acomodados no “nosso” Cruz, ao comentarmos sobre alguma das tantas barbaridades deste mundo, que certamente não conseguirei lembrar, ele disse, daquele jeito que só quem o conheceu pode imaginar: “eu cada vez mais perco a capacidade de me surpreender com as coisas”.


Pois é, vivemos em uma sociedade em que, cada vez mais temos motivos para dizer que deixamos de nos surpreender, tal a quantidade de absurdos gerados por uma sociedade corrompida pelos ditames de uma lógica perversa e desumana.


Porém, a situação que vivemos atualmente no Rio Grande do Sul, capitaneados por uma governadora que já inscreveu seu nome na história como dirigente do governo mais corrupto já visto por estes pagos, tem dado motivos para que constantemente, nos surpreendamos com suas novas “peripécias”.


Como todo grupo que se organiza para praticar atos ilícitos, este, coordenado pela dona Yeda, não foge à regra: procura, através da força, da repressão e da mentira calar seus opositores e manter, pelo medo, seu poder.


No seu mandato, foram inúmeros os momentos em que seu braço armado agiu para reprimir manifestações do povo gaúcho, tão ao gosto de nosso “caubói dos pampas”, o famigerado e desequilibrado Coronel Mendes, que mais parece ter saído diretamente das catacumbas da Idade Média. Mas, este senhor, ao sair do comando da BM (pelo menos oficialmente), deixou em seu lugar gente com os quais não deve ter nenhum motivo para decepcionar-se.


Durante o (des) governo tucano, muitas manifestações foram e continuam a ser tratadas com cassetetes, bombas e safanões, vários dirigentes sindicais acabaram presos e agredidos e também processados judicialmente por quem deveria mesmo era correr da Justiça. Mas aqueles que mais sofreram durante este tempo, foram, como não poderia deixar de ser, os militantes do MST, que por negarem-se a correr da luta e optar por pelear sempre, foram várias vezes proibidos de manifestarem-se e de deslocarem-se pelo estado, tiveram acampamentos invadidos, lonas rasgadas, alimentos estragados ou “desaparecidos” e foram vítimas de uma campanha orquestrada pelo governo, por parte do judiciário gaúcho e, claro, pelo maior partido de direita do RS, o grupo RBS, que tentam a todo o momento incriminar o Movimento e orientaram ações no sentido de torná-lo ilegal.


Como parte de tudo isto, no dia 21 de agosto passado, o sem-terra Elton Brum da Silva foi assassinado pela Brigada Militar em uma ação de despejo que foi preparada pelo comando estadual da BM. Nesta ação, homens, mulheres e crianças foram agredidos por brigadianos e cães (não se sabe quais os mais raivosos) e humilhados de várias maneiras, resultando em mais de uma dezena de feridos.


Em todo o país, realizaram-se vários atos de protesto ao ocorrido, reunindo sem-terra, sindicalistas, intelectuais, artistas e todos aqueles comprometidos com a luta dos povos contra a opressão e pela justiça. Dentre estes, o cantador e grande companheiro de lutas Pedro Munhoz escreveu um poema em homenagem ao Elton, que tem sido divulgado em vários órgãos da imprensa alternativa.


Pois, para provar que os tiranos nunca têm limites em sua fúria contra as manifestações contrárias aos seus interesses, nos últimos dias o Pedro sofreu duas tentativas de prisão por parte da BM ao recitar o poema em apresentações realizadas em Alvorada e Porto Alegre, sendo esta última no Ato Fora Yeda.


Então tá! Se ainda havia alguma dúvida ... somos governados por sobras da ditadura militar, que reprimem, dão porrada e atentam contra o direito de livre manifestação, garantido pelo povo brasileiro através de muita luta e organização, enfrentando aqueles de quem parece que esse pessoal que está sendo processado por formação de quadrilha sente muita saudade!


Assim, quero pedir a todos os companheiros que solidarizam-se com as lutas do povo e contra todas as tiranias, que façam circular essa notícia e demonstrem sua solidariedade com todos aqueles que, de uma forma ou de outra, seja com cartazes, microfones, enxadas ou violões, estão na luta e gritam a todo o momento, como fizeram os irmãos cubanos na Sierra Maestra e agora fazem os hondurenhos em luta contra o golpe que sofreram: “Aqui no se rinde nadie!”.


MEU COMPANHEIRO E AMIGO PEDRO MUNHOZ, GRANDE ABRAÇO E TODA A FORÇA NA LUTA!!!


Porto Alegre, 15 de outubro de 2009.


Lauro Borges

lauroborges22@yahoo.com.br


Solidariedade: Runildo Pinto

bomdiacamaradas@yahoo.com.br


“Solo hay una cosa más grande que el amor a la libertad: el odio a quien te la quita” (Ernesto Guevara de la Serna )

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ATO SHOW pelo Fora Yeda!!! - Domingo dia 04/10














Prezados amigos e amigas,

Estou enviando o Convite para o Ato Show do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, pelo Impeachment da Madame da Mansão. Será domingo dia 04 de outubro, a partir das 15 horas em frente ao Praia de Belas.

Recebi a informação da equipe de divulgação de que nenhum veículo de comunicação das "grandes redes" de mídia no Estado querem veicular o material.

Decidiram não aceitar o anúncio.(A imprensa burguesa guasca puxada pelo grupo RBS, está blindando as falcatruas da yeda)*

Vejam que, nesse caso, nem as regras do capitalismo que eles defendem servem para o caso. (mas é contra a classe deles)*

A divulgação do Ato terá de ser via internet, blogs, materiais dos sindicatos e das ONGs, twitters e outros veículos da mídia alternativa e da esquerda.

Enviem para suas listas e ajudem a mobilizar.


Sintrajufe-RS
(51) 91161192

* - Os grifos são do RS INSURGENTE

domingo, 20 de setembro de 2009

Semana Esfarrapada

Seguindo o exemplo do Dialógico: http://dialogico.blogspot.com

Foi o vinte de setembro/ o precursor da liberdade!

O Tinta China apresenta a leitura da Semana Farroupilha pelos artistas gráficos do RS em tempos de yedismo:

Não percam! Direto pro Tinta!

Construtores de uma Farsa: gauchismo urbano




São eles: Paixão Cortes, Barbosa Lessa, Glauco Sariava....Ideólogos da burguesia guasca, criaram o MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) e o clubinho preconceituoso do CTG (Centro de Tradições Gaúchas).

Algumas Caracterisitcas do MTG e do CTG:

- estrutura do latifúndio-, patrão, capataz, peão, prenda.

- o "gaúcho" não possui um lugar na estrutura do CTG.

- herdeiro de uma ordem ditatorial e transformou-se no desaguadouro do pensamento e das práticas de caserna.

- O tradicionalista é um ser fragmentado.

- Sempre tem um piquete de estúpidos para agredir pessoas "fora do padrão".

- usam o método da estupidez para converter à obediência – a chamada pedagogia da doma usada com animais.

- tradicionalismo assumiu oficialmente um caráter “oficialista”, cívico-fundamentalista.

- Paixão Cortês fora tocado pelos rodeios e estilo de vida dos caubóis norte-americanos.

- o Tradicionalismo acabou se transformando em uma cultura de caserna, de inspiração de um positivismo desilustrado, dominado, em especial, pelos oficiais brigadianos, funcionários públicos e pela direita culturalmente limitada, líderes de legiões de "artistas" do lumpesinato.

-Na fase espontânea, lúdica e telúrica do Tradicionalismo foi colocada uma canga disciplinadora, controladora, de obediência.

- o Tradicionalismo expressou a sua hegemonia na instituição do MTG como instrumento da Ditadura Militar.Nessa arreada, o Tradicionalismo transformou-se na "cultura oficial" do Rio Grande do Sul como expressão do poder e assumiu seu aspecto militantemente ideológico. Terminava qualquer inocência em seu interior.

- A trilha sonora da tortura foi a música tradicionalista. Todo preposto da ditadura no Piratini teve um lacaio pilchado para servir o mate, assar o churrasco e animar a tertúlia. Cada quartel construiu seu galpão crioulo como eco desse tempo obscurantista, de tortura, de morte, de repressão e de controle popular, especialmente da alma e da sensibilidade.

-O núcleo fundamental do Tradicionalismo, do qual deve emanar o comportamento e a cultura, é a estância simbólica. A arte da elite era preferencialmente palaciana. Admitiam-se somente as expressões "aceitas". Na verdade, a oligarquia real era universal. O Tradicionalismo não é sequer uma extensão cultural da oligarquia, de cuja propriedade retirou seu ícone fundante. Ele é uma leitura equivocada, uma adoção ilusória de sua rusticidade. Sequer abagualada e xucra, pois isso poderia remeter para a insubmissão.

- No CTG se encontram o peão, o agregado, o posteiro, o capataz, todas as figuras obedientes, atreladas ao mando da sede, do núcleo inquestionável do poder do patrão.

- MTG é um movimento de defesa de uma moralidade conservadora, de uma idéia pastoril cristã de família.

- CTG não é lugar de gaúcho; é lugar de patrão e peão, de gente obediente, conformada e militante da ordem, mesmo que o sistema trate o povo como gaúcho e excluído.

- MTG é uma entidade privada, mas que, colocando-se como "cultura oficial", invadiu instituições, domina espaços do governo e possui reservas vitalícias nos órgãos públicos. Além disso, arrecada considerável verba pública para os seus eventos. Invadiu a escola para converter os alunos ao seu culto, quando a educação republicanamente é o espaço do saber, do estudo.

- MTG é um movimento militante ideológico-cultural, cada vez mais fundamentalista e intolerante, que procura converter-se em um poder dentro do Estado, invariavelmente pressionando, quando não elegendo governantes.

- O "orgulho gaúcho" é completamente inútil para protagonizar a modernidade, apesar do próprio tradicionalista ser um ente pós-moderno, no sentido que postula uma identidade pela imagem e pelo culto ritualístico. A sua energia e militância, no entanto, cria um cenário dogmático.

- a missa crioula é uma ode ao mundo estancieiro. A propriedade foi sacralizada. O latifúndio, por sua extensão, é ressignificando como a "estância do Céu"; Deus, como o "Patrão celestial"; São Pedro, como o "capataz"; Jesus Cristo, como o "tropeiro" que andou pela terra mangueirando o rebanho; e, Nossa Senhora, como a "prenda" disso tudo.

- MTG fortalece o dogmatismo. Essa "dureza" de pensamento se evidencia na sala de aula, na política, na cultura. Não existe nada pior do que o ignorante com "certezas" imutáveis. Praticamente é um insensível com o outro. O mundo é uma pirâmide, com o patrão no topo; e ele, psicologicamente, junto... O fundamentalismo é uma totalidade. No seu último congresso, o MTG adotou o projeto de fundar as suas próprias escolas de ensino fundamental e médio, além de uma universidade. É simplesmente assustador para a vida republicana.

- o MTG, ao menos no Rio Grande do Sul, possui um forte impulso militaresco; as pilchas já não são mais expressões da vestimenta civil, pois os CTGs andam uniformizados; e os piquetes parecem grupos militares ou de milicianos, invariavelmente ocorrendo escaramuças entre eles, em disputas inócuas, mas de intensa mobilização.

- O autoritarismo castilhista colocou-se, por fim, como herdeiro dessa tradição, e, por meio da difusão educacional, disseminou-se a falsa visão de que os farrapos eram republicados e que o povo lutou ao seu lado contra o Império.

- O auge do processo de colaboração entre a Ditadura e o MTG foi a instituição do IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, em 1974, consagrando uma ação que vinha em operação desde 1954. A missão era aparentemente nobre: pesquisar e difundir o folclore e a tradição. Mas do papel para a realidade existe grande diferença. Havia um interesse perverso e não revelado.

- A lei que instituiu a "Semana Farroupilha" é de dezembro de 1964, determinando que os festejos e comemorações fossem realizados através da fusão estatal e civil, pela organização de secretarias governamentais (Cultura, Desportos, Turismo, Educação, etc.) e de particulares (CTGs, mídia, comércio, etc.).

- Durante a Ditadura Militar, o Tradicionalismo foi praticamente a única "representação" com origem na sociedade civil que fez desfiles juntamente com as forças da repressão.

- o Tradicionalismo engrossou os piquetes da ditadura - seus serviçais pilchados animaram as solenidades oficiais, chulearam pelos gabinetes e se responsabilizaram pelas churrasqueadas do poder. Esse processo de oficialização dos tradicionalistas resultou na "federalização" autoritária, com um centro dominador (ao estilo do positivismo), com a fundação do Movimento Tradicionalista Gaúcho, em 1967. Autoritário, ao estilo do espírito de caserna dos donos do poder, nasceu como órgão de coordenação e representação.