"Hay hombres que luchan un dia y son buenos
Hay otros que luchan um año y son mejores
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida
Esos son los imprescindibles"
(Bertolt Brecht)

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Como a RBS virou um partido no Sul


publicada sexta-feira, 27/08/2010 às 17:59 e atualizada sexta-feira, 27/08/2010 às 18:43

Os gaúchos gostam de dizer que o Rio Grande do Sul é o Estado mais politizado do Brasil. Os italianos também diziam o mesmo sobre seu país, no continente europeu. E os politizados italianos terminaram entregando o poder a Berlusconi – um magnata que é dono de TV, comanda um time de futebol e mantem casas luxuosas por onde circulam moças de fino trato e pouca roupa.

O Rio Grande do Sul caminha por terreno também pantanoso. Só que lá, em vez de um Berlusconi, há uma corporação midiática a espalhar seus tentáculos pelo Estado, pela política.

Li sobre esse quadro aterrador no “RS Urgente”, de Marco Aurelio Weissheimer. O artigo que reproduzo abaixo mostra como a RBS se transformou no grande partido político conservador no Rio Grande do Sul.

A falência das grandes legendas conservadoras no Brasil (DEM e PSDB) é um sinal de que a o caminho da direita nos próximos anos pode ser parecido com o que já vemos no sul. A mídia e o mundo do espetáculo – esse será o celeiro de onde virão os líderes conservadores. A RBS pode ter sido a pioneira. Bom saber como esse fenômeno funciona, para saber o que virá por aí no Brasil.

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RBS, COMO SE FOSSE UM PARTIDO

por Ayrton Centeno

Suponha que Ali Kamel fosse presidente da República. Fantasie um pouco mais e descubra Miriam Leitão, também eleita, subindo a rampa do Palácio do Planalto. Sob o impulso do mesmo delírio coloque Fátima Bernardes candidata ao Senado Federal. Fátima vai disputar a cadeira que o senador Faustão não deseja mais ocupar. Difícil conceber? É possível. Mas não no Rio Grande do Sul. Ninguém ficaria surpreso. É que este cotidiano sequestrado ao realismo fantástico “naturalizou-se” no território gaúcho. Um exemplo: desde 1994, egressos dos quadros do grupo RBS – a Globo local – disputam todas as eleições para governador naquele que, durante muito tempo, jactou-se de ser o estado mais politizado do Brasil. E, em duas ocasiões, eles venceram. Em 2010, a RBS novamente está no páreo não apenas para o Palácio Piratini, mas também para o Senado, a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados.

Com 21 emissoras de TV (18 afiliadas à Globo), 25 rádios, oito jornais diários e quatro portais na internet, a RBS não comanda apenas a mídia, mas boa parte dos corações e mentes no Sul. Em 1994, quando seu ex-diretor de telejornalismo Antonio Britto elegeu-se governador, a força do conglomerado tornou-se ainda mais notória. Nas prévias do PMDB, os dois candidatos em confronto tinham raízes na RBS: Britto e o deputado federal e apresentador de rádio e TV Mendes Ribeiro. Em 1998 e 2002, Britto tentou retornar ao governo. Em 2006, mais uma procedente da RBS chegaria ao Piratini: Yeda Crusius. Eleita pelo PSDB, Yeda popularizou sua imagem com aparições diárias no telejornal noturno da então TV Gaúcha, onde ocupava um espaço de análise econômica. Dali desabrochou para a política a bordo de uma esquisitice.

No governo Itamar Franco, o presidente pediu ao amigo Pedro Simon a indicação de uma mulher para fazer florir seu ministério que considerava demasiadamente carrancudo e atulhado de homens. Simon lembrou-se da professora de economia que aparecia bem na TV. E, como as coisas aconteciam sob Itamar, da noite para o dia, Yeda virou ministra do Planejamento. Durou 70 dias, uma passagem breve e bisonha — foi informada da existência do Plano Real na coletiva de lançamento – mas acarpetou seu trajeto para a Câmara Federal. Em 2010, tenta reeleger-se governadora.

Para o Senado, a jornalista Ana Amélia Lemos é a representante do poder do grupo no pleito de outubro. Após décadas chefiando a sucursal de Brasília, com presença diária no rádio, na televisão e no jornal Zero Hora, ela ingressou na corrida como candidata do PP. Mas, na cabeça do eleitor, não vai estar o partido submerso no escândalo do Detran/RS, que fez evaporar R$ 44 milhões dos cofres estaduais, e sim a figura que diariamente entrava na sua sala para tratardos temas mais candentes do Brasil. E conta com boas chances de sucesso, embora enfrentando dois pesos-pesados: o atual senador Paulo Paim (PT) e o ex-governador Germano Rigotto (PMDB).

Se isto ocorrer, Ana Amélia ocupará a cadeira do senador Sérgio Zambiasi (PTB), apresentador de programas populares na rádio Farroupilha, também da empresa. Aportando no Senado em 2002, após sucessivas eleições como um dos deputados estaduais mais votados do país e presidente da Assembleia Legislativa, Zambiasi absteve-se de concorrer em 2010. Projeta um cargo no executivo em 2012 ou 2014. Além das eleições majoritárias, os representantes do time da RBS sempre se engajaram na caça às vagas nas proporcionais. Neste ano não será diferente. O ex-vice-presidente institucional do grupo, Afonso Motta, concorre a deputado federal pelo PDT. Um dos parlamentares mais votados do estado em 2006, Paulo Borges elegeu-se com a ajuda do cognome “O Homem do Tempo” – era o encarregado da previsão na RBS TV – e disputa a reeleição pelo DEM.

Como regra quase sem exceções, os candidatos assim forjados não possuem vida partidária pregressa, escalando cargos eletivos por obra da exposição midiática e de sua natureza de personalidades “não-políticas”. Com perfil conservador, alinham-se no espectro que vai do centro à direita. Nesta modalidade de berlusconização delegada, como emergem na condição de criaturas da mídia, dificilmente contrastam os muitos interesses da mesma mídia que os criou.

Não falta quem diga que é um partido, o PRBS. Não falta quem diga que é o único. Um exagero, deve-se convir. Porém, com os jornais mais influentes, a TV aberta e as rádios AM e FM líderes de audiência, supõe-se até que 90% dos assuntos que freqüentam as conversas dos gaúchos tenham origem na pauta da RBS. Verdade ou não, vale como elemento de reflexão sobre o efeito aberrante da concentração e da propriedade cruzada dos meios de comunicação no jogo eleitoral e na livre manifestação dos eleitores. Vinte e cinco anos após o suspiro final de sua última ditadura, é uma pedra no caminho de um país que ainda constrói penosamente sua democracia.

(*) Jornalista, artigo publicado originalmente em Brasília Confidencial

terça-feira, 26 de maio de 2009

EM HOMENAGEM A BAADER MEINHOF


Estamos postando o artigo, "Em homenagem a Baader Meinhof", publicado no blog PONTO DE VISTA, a reprodução da rebeldia desse coração vivo e subversivo levantando a voz acima da intransigência reacionária da oligarquia guasca e um grito de liberdade transcende ao tempo e ao espaço que é proprietário de uma elite velhaca que se estende por todo o território guasca. A destreza de nossa mobilidade ainda é tímida, mas homens como o professor Ungaretti que com sua analise e prática política explicita sincera e transformadora motivação, perturba essa elite hipócrita que no seu seio verte a arrogância e a vaidade, mais perversa e ordinária. Levantamos aqui o grito de coragem do Comandante Insurgente Sepé Tiaraju, um grito de convocação a dar inicio a um processo de esclarecimento efetivo e de ação enérgica contra essa burguesia medíocre deste Estado, que mantém intransigentemente uma louca desvairada no governo do Estado, a infeliz e ambiciosa Yeda Crusius, como símbolo maior da decadente personalidade de poder do Rio Grande do Sul. Levantemos a Bandeira legitima do legado do Comandante Sepé Tiarajú e comecemos a desmontar as mentiras e a tirar o cabresto da mente dos rio-grandinos, para fazer florescer a verdadeira cultura e vocação deste povo multiétnico, para que todo o povo possa viver nas condições de solidariedade e de uma cultura popular autêntica, transgredindo a cada instante o atraso desta burguesia guasca..

Viva o Comandante Insurgente Sepé Tiaraju
Vivamos sem mentiras e sem egoísmos

Um Viva a todas as Maria Teresa

Pelo fim do Latifúndio

Viva o MST, Reforma agrária já

Pelo fim da hegemonia do Partido da RBS
Abaixo o M
TG e seus CTG's
Abaixo o Tradicion
alismo
E Fora Yeda Crusius e Feijó


------------------------------------------------------------Assim, EM HOMENAGEM A BAADER MEINHOF

“… deslocar-nos quando ele não nos espera.” Sun Tzu

Realizamos esta postagem de hoje, antecipando em um dia a data anunciada por nós para a retomada das atividades, após uma semana de silêncio. A partir de amanhã manteremos nossa atitude de protesto. Mais uma semana de silêncio. Estamos sujeitos a uma multa de 150 reais diários em decorrência de qualquer comentário ou análise de materiais publicados por Zerolândia. Diante desta ação de força só nos resta esta atitude. A medida, do pontodevista concreto, seleciona o que podemos ou não analisar. Estamos autorizados (!!!??????) a comentar, apenas, as perfumarias. Ou a não comentar tais perfumarias. A medida nos impede do exercício da crítica. Trata-se de um ato de censura. E diante deste estamos imobilizados.
A ação movida contra nós é patrocinada pelo PRBS (Partido Rede Brasil Sul de Comunicações), tendo em vista que é assumida por um funcionário de carreira com quase 40 anos de casa. Este é um fato. O resto é blábláblá na fabricação de mentiras. Não tínhamos noção - precisa - do o quanto nossas críticas incomodavam. Nossa inferioridade diante do gigantismo do Grupo é imensa. Temos, nesse momento, apenas força moral; a mais absoluta convicção das críticas realizadas por nós. Alguns possíveis erros de avaliação (ou até exageros) não anulam a honestidade com estas foram realizadas. Em algum momento deverá prevalecer a força da retidão moral. Pouco importa ao final o resultado das ações. O episódio é emblemático. Indicativo do que pode estar sendo articulado. Alguns leitores informam que empresas da mídia corporativa estariam sugerindo que tudo que venha a ser publicado, na Internet, tenha como anexo uma ficha. Dados com número da carteira de identidade, CPF e outras informações.
Solicitamos, na medida do possível que todos, em seus respectivos espaços mantenham viva a informação de que estamos sob censura. E com alguma periodicidade. Esperamos, também, que a nossa situação não venha a se constituir em motivo para a autocensura. Agradecemos, antecipadamente, todas as manifestações de solidariedade. E de carinho.
Mais uma vez estamos sendo empurrados gradativamente, queiram ou não, para a clandestinidade. Estudamos a possibilidade de encerramos esta etapa. Talvez fique como alternativa a produção (clandestina) de textos e fotos para outros blogs e sítios. Sempre estive à disposição de todos os grupos anarquistas.
Nossa postagem anterior foi encerrada com um viva ao Hamas. Uma provocação, sim. Encerramos esta com outra provocação. Desta vez, vivas em memória do grupo Facção Exército Vermelho, conhecido como Grupo Baader Meinhof.
, Palavras e fotos como estiletes, sempre. JORNALISMO é subversão.

CARAS DE NOSSO PAÍS





Maria Teresa é uma emprega doméstica aposentada. Não tem nenhuma foto sua a não ser em documentos. Contou que na noite anterior não tinha se sentido bem.

Zerolândia orienta e comanda a cenografia. Fotos apenas de gente jovem e bonita. Maria Teresa explicou como que o caldinho de um prato de mocotó tem o poder de recuperação.






Prometemos a ela deixar no local copias do material fotográfico. Ela ficou super agradecida, mas durante todo o tempo explicou que não podia pagar. Maria Teresa é CARA de nosso país. Gente assim não aparece na mídia corporativa. Ou aparece como alguma forma de espetáculo. O sorriso dela é bonito. Deve ter cuidado de muita criança branca.
Mais educada, impossível.